Laboratório Amazônico: Centro Cultural Inclusartiz promove conversa com João Moreira Salles no sábado, dia 15 de julho
Documentarista irá falar sobre o seu mais recente livro “Arrabalde: em busca da Amazônia”, publicado em 2022
Neste sábado, dia 15 de julho, às 14h, o Centro Cultural Inclusartiz promove a primeira roda de conversa do Laboratório Amazônico — atividade integrante do programa Amazônia, Agora, lançado pelo instituto em junho —, que contará com a participação do documentarista, fundador da Revista Piauí e do Instituto Serrapilheira, João Moreira Salles.
Na conversa com o público, que será mediada por Victor Gorgulho (curador-chefe do Inclusartiz e coordenador do Laboratório Amazônico) e Henrique Rondinelli (co-curador do Laboratório Amazônico), Moreira Salles irá falar sobre o seu mais recente livro “Arrabalde: em busca da Amazônia”, publicado pela Companhia das Letras em 2022.
A publicação desenha um panorama do maior bioma nacional, misturando relatos, entrevistas e pesquisas para retratar as variadas percepções da Amazônia por aqueles que se relacionam com ela num volume que atua em sua ampla defesa. Ao apurar a forma como o território vem sendo ocupado desde os anos 1960, o autor evidencia a falta de curiosidade e afeto que pautou os modelos de exploração do bioma, o qual foi sendo devastado e reduzido à lógica das economias extrativistas.
O programa Amazônia, Agora
O programa Amazônia, agora é projeto multidisciplinar que convida o público a se aproximar dos olhares que partem da maior floresta tropical do mundo e de seus múltiplos agentes. Por meio da união de produções e pesquisas pensadas a partir do complexo amazônico, o novo projeto permanente do instituto é dividido em três eixos: expositivo — que contará com uma série de exposições, coletivas e individuais, de narrativas e pesquisas em torno de artistas e da cultura visual amazônica; experimental — uma programação de estudos, conversas, oficinas e projeções de obras audiovisuais intitulada Laboratório Amazônico —; e pesquisa — ativação de parcerias e residências com outras organizações, instituições e projetos artísticos que estabeleçam intercâmbios entre vozes de diferentes estados.
Neste âmbito, foi aberta no dia 24 de junho a exposição O Sagrado na Amazônia, coletiva que apresenta as diferentes manifestações do divino na região amazônica, a partir dos olhares de 30 artistas e coletivos. Com a curadoria de Paulo Herkenhoff — pesquisador que há mais de 40 anos se dedica ao fomento da produção artística no Norte do país e ao debate crítico acerca do conceito histórico de “visualidade amazônica” —, a mostra ocupa o térreo do centro cultural até 17 de setembro.
Neste mesmo período, os visitantes também podem conferir, sendo exibida pela primeira vez no Rio de Janeiro, a instalação de grande escala No ar (2017), da artista paulistana Laura Vinci. A obra consiste em um engenhoso sistema de vaporização a frio que velozmente é capaz de formar grandes massas de ar semelhantes a nuvens, curiosamente pendendo tanto para o chão do espaço quanto lentamente erguendo-se e dissipando-se no ar. Tal resultado é possível por conta da estrutura mecânica da obra, formada por pequenos bicos de aspersão que, funcionando em alta pressão, são acionados por uma bomba capaz de soltar a água com tamanha força, que suas gotas ganham uma característica incomum, ficando entre o estado gasoso e o líquido.
SERVIÇO
Laboratório Amazônico convida João Moreira Salles para uma conversa sobre seu livro “Arrabalde: em busca da Amazônia”
Data: sábado, 15 de julho, às 14h
Visitação à exposição “O Sagrado na Amazônia”: terça-feira a domingo, das 11h às 18h
Centro Cultural Inclusartiz — Rua Sacadura Cabral, 333, Gamboa.
Entrada gratuita