3 de maio de 2024

LUCÉLIA MACIEL E IANE CABRAL SÃO AS RESIDENTES DE ABRIL/MAIO DO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA DO INSTITUTO INCLUSARTIZ

Com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, Vivo, Granado e do Ministério da Cultura, damos andamento ao Programa de Residência Artística e Pesquisa 2024 do Instituto Inclusartiz e as boas-vindas a mais duas artistas, Iane Cabral e Lucélia Maciel.

Equipe do Instituto Inclusartiz com as residentes de abril

Iane Cabral é Designer e artista-pesquisadore de tecnologias que podem ser utilizadas para a busca de multisensorialidade e disposições corporais em relação a interfaces interativas regenerativas. É pós-graduade em Têxteis, Biologia e Fabricação digital (Fabricademy, Textile and Technology) e nomeade por @‌gucciequilibrium @unitednations e @‌weareirregular entre 100 jovens inovadores do mundo que estão construindo um futuro regenerativo.

Lucélia é baiana, mora e trabalha em Goiânia/Goiás-Brasil. É Bacharela em Artes Visuais, pela Universidade Federal de Goiás. Atua como assistente de arte no Sertão Negro -Ateliê escola do artista Dalton Paula- e a partir de memórias de infância, desenvolve pesquisa e poética artística usando a Lamparina como metáfora para pensar desigualdades étnicas, sociais e de gênero.

O Programa de Residência Artística e Pesquisa do Instituto Inclusartiz conta com a coordenação da Gabriela Davies.

Para esse período de residência, veremos uma pesquisa de ambos os lados imersa na questão de identidade – seja de gênero, social, étnica ou pessoal – se desdobrando em dois caminhos e temporalidades distintas. Lucélia Maciel traz para tona uma pesquisa sobre a ancestralidade preta silenciada e esquecida que ocupou a região portuária através das figuras das Tias tão influentes na cultura popular, musical e social. A artista desenterra essas histórias por meio de esculturas de barro.

Já Iane Cabral busca soluções para a distorção da leitura de câmeras de reconhecimento facial por meio de maquiagens e joias de LED. Apesar da tecnologia se propor como apartidária, estudos comprovam que – por pouca qualidade da própria câmera – o banco de dados de leitura facial mantém associações generalizadoras de pessoas não brancas, assim como de trans e não binaries. Por isso, Iane busca trazer este escudo para pessoas historicamente marginalizadas, blindando-es de erros tecnológicos e memória de reconhecimento.
Apesar de não ser uma necessidade do programa de residência, é interessante ver como as pesquisas se intercalam – seja em seu ponto de partida, referências ou finalidade. Estamos interessados em ver o desenvolvimento de ambas as artistas. 

As residentes receberão visitas no ateliê aberto no dia 15 de maio, das 17h às 20h, onde ambas as pesquisas serão concluídas e expostas.