Exposições

BURITI

4 de Mai / 28 de Mai de 2023

Na quinta-feira, dia 4 de maio, o Centro Cultural Inclusartiz abre ao público BURITI, coletânea de experimentações artísticas inéditas do artista ítalo-brasileiro Lucio Salvatore que marca o encerramento de seu período de residência no ateliê coletivo da instituição, na Gamboa, Região Portuária do Rio de Janeiro.

Ao longo de quatro meses, Salvatore produziu no espaço as bases conceituais para a nova montagem da exposição Fluxo Gênico, individual inaugurada em 2022 no Museu do Meio Ambiente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e que, este ano, com o apoio institucional do Instituto Inclusartiz, irá viajar para a Europa levando fragmentos da história da biodiversidade do Brasil. O resultado desses estudos pode ser conferido em BURITI.

“No inverno passado apresentei Fluxo Gênico no Museu do Meio Ambiente, com o suporte do Instituto Inclusartiz. A visão da presidente Frances Reynolds de apoiar a produção de arte engajada com questões importantes da contemporaneidade foi decisivo para o desenvolvimento do meu projeto e está sendo fundamental neste momento que estou aprofundando a pesquisa para trazer a exposição para a Europa”, conta o artista.

Desenvolvidas sob a orientação da equipe de curadoria do Inclusartiz, as pesquisas apresentadas em BURITI, que irão ocupar o segundo pavimento do centro cultural até 28 de maio, figuram árvores, frutos e sementes, delineando a riqueza da flora brasileira.

“Nesta minha pesquisa, as plantas, que nas linguagens da arte desempenham historicamente um papel de paisagem, se tornaram protagonistas centrais da narrativa compartilhando suas histórias de sobrevivência, de migração, de adaptação e convivência, ressaltando a importância de abraçar a complexidade de suas histórias”, explica.

SOBRE O ARTISTA

Lucio Salvatore é um artista e economista ítalo-brasileiro cujo trabalho se apresenta como uma constelação de signos feita de conceitos metamorfoseados em corpos fragmentados para desconstrução de narrativas que geram expectativas falsas. Seu trabalho se apresenta como uma constelação de signos composta por conceitos metamorfoseados em corpos fragmentados e pela desconstrução das narrativas identitárias que geram falsas expectativas sobre o outro.  A partir da experiência de estrangeiro em contextos socioculturais complexos, com feridas abertas, surge uma reflexão sobre a natureza líquida, invasiva e transversal dos poderes que geram essas feridas, cujas histórias são contadas por meio da arte, vivida como um caminho para a compreensão de si. Seus trabalhos integram importantes coleções públicas como as do MAM-RJ, MAC Niterói, Museu Nacional de Belas Artes, Museu do Meio Ambiente, Instituto de Pesquisa Jardim Botânico e Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

 

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