Fundadora do Instituto Inclusartiz, Frances Reynolds participa de conferência da Greek House Davos com grandes líderes e pensadores mundiais
Encontro virtual debateu os desdobramentos da COP26 e sugerir propostas políticas concretas para o futuro
Conhecido por sua forte atuação no universo da arte contemporânea, o Instituto Inclusartiz também se envolve frequentemente com iniciativas que lançam um olhar sobre o futuro do planeta. Dentro desse escopo, Frances Reynolds, fundadora do Inclusartiz, foi convidada para participar de uma conferência virtual da Greek House Davos, neste sábado dia 13 de novembro, que tratou dos temas discutidos na COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), realizada ao longo das últimas semanas em Glasgow, bem como discutiu propostas de políticas concretas para o amanhã.
“Precisamos ensinar as comunidades locais a protegerem o meio ambiente e consequentemente a si mesmas. “Não adianta só falarmos ‘parem de queimar as florestas’. É necessário outro tipo de abordagem que consiste em fornecer ferramentas e alternativas econômicas, como tecnologias e educação, para mobilizarmos as comunidades locais.” Devemos conversar diretamente com as pessoas das comunidades locais e empoderá-las de modo que percebam que suas heranças históricas e o meio ambiente são as que coisas mais importam para elas”, afirmou Frances.
Com os incêndios florestais catastróficos continuando a devastar o sudeste da Europa, Brasil, Estados Unidos e África Subsaariana, a COP26 foi o momento mais desafiador na diplomacia climática internacional desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015. Nesse contexto, o reflorestamento tem sido destacado como um elemento-chave nos esforços de mitigação das mudanças climáticas. De acordo com um relatório recente da ONU sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos, o reflorestamento pode ajudar a retroceder a perda de habitat que ameaça de extinção até 1 milhão de espécies vegetais e animais, correspondendo a um quarto da vida na Terra.
Frances reforçou na conferência a importância do engajamento com comunidades locais através da arte e por meio de campanhas de conscientização social.
“Os mangues sugam cinco vezes mais carbono do ar do que as próprias árvores, portanto combater a extinção dos mangues que ocupam grande parte do território do Brasil, devastados por conta do crescimento populacional e do aumento da exploração imobiliária, é uma das principais causas apoiadas pelo Inclusartiz. “Uma de nossas iniciativas foi criar uma ação com as comunidades locais de diferentes estados brasileiros na qual convidamos artistas para conceberem campanhas de conscientização nas ruas e nas escolas, pela preservação da flora e da fauna nativas. O resultado tem sido muito gratificante. É bonito ver a cidade inteira se sentir orgulhosa por estar contribuindo com algo tão importante para o futuro de sua comunidade e do planeta”, concluiu.
O painel contou ainda com a presença de importantes líderes e pensadores contemporâneos: Jérôme Bindé (escritor e futurista); George Kremlis (Conselheiro Principal do Primeiro Ministro da Grécia); Aravossis Konstantinos (Secretário Geral do Ministério do Meio Ambiente e Energia da Grécia); Cristovam Buarque (ex-Ministro da Educação do Brasil); Arab Hoballah (Diretor Executivo da SEED); Henry Saint-Bris (Presidente da ANSA – Sustainable Value); Arnau Queralt – Bassa (Presidente da Rede Europeia de Conselhos Consultivos de Meio Ambiente e Sustentabilidade).