Instituto Inclusartiz divulga lista de selecionados para a edição de 2023 de seu Programa de Residência Artística e Pesquisa
Open Call registrou mais de 500 candidaturas de artistas, curadores e pesquisadores de todos os estados brasileiros e de outras nove nações integrantes da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
O Instituto Inclusartiz divulgou nesta sexta-feira, dia 28 de julho, a lista de selecionados para a edição de 2023 de seu Programa de Residência Artística e Pesquisa. A Open Call, que oferece dez vagas para artistas, curadores e pesquisadores de todos os estados brasileiros e de outras nove nações integrantes da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste) registrou mais de 500 candidaturas.
Para integrar o prestigiado programa este ano, foram selecionados dez nomes: Adriano Machado (Bahia, Brasil), Ana Carla Soler (São Paulo, Brasil), Ângela Berlinde (Porto, Portugal), Evna Moura (Pará, Brasil), Froiid (Minas Gerais, Brasil), Iane Cabral (Pará, Brasil), Íris Helena (Paraíba, Brasil), Laryssa Machada (Rio Grande do Sul, Brasil), Lucélia Maciel (Goiás, Brasil) e Moisés Zuane (Luanda, Angola).
A seleção foi feita pela equipe do Instituto Inclusartiz e por um júri convidado formado por cinco profissionais de diferentes partes do Brasil, cada um representando uma região do país. Foram eles: Brígida Campbell (Minas Gerais – Sudeste), Divino Sobral (Goiás – Centro-Oeste), Keila Sankofa (Amazonas – Norte), Josué Matos (Santa Catarina – Sul) e Maria Rosa (Pernambuco – Nordeste).
“Esse júri avaliou cada uma das inscrições individualmente, buscando entender tanto a relevância do projeto e a coesão com o portfólio, como também a pertinência da proposta a ser desenvolvida dentro do nosso centro cultural, entendendo as nossas especificidades e as aberturas que temos para promover o seu desenvolvimento. Importante salientar que durante o processo cada um dos jurados olhou o portfólio e em seguida debatemos em conjunto todos os nomes que foram apontados como relevantes para o processo de seleção”, explica Lucas Albuquerque, Coordenador do Programa de Residência Artística e Pesquisa.
Após esta pré-seleção, entre 18 e 20 nomes foram escolhidos para a fase de entrevistas com a equipe do Inclusartiz, que além de Albuquerque conta ainda com os curadores Victor Gorgulho e Aldones Nino, além da presidente do instituto, Frances Reynolds. As residências estão previstas para iniciarem em outubro e serão realizadas até o final de 2023 e início de 2024 na sede do instituto, na Gamboa, Zona Portuária do Rio de Janeiro, divididas em cinco ciclos de quatro semanas cada. Cada ciclo será formado por um artista e um curador/pesquisador.
O programa
Realizado desde 2014, o Programa de Residência Artística e Pesquisa do Instituto Inclusartiz tem como objetivo fomentar a produção artística nacional e internacional e já hospedou mais de setenta nomes, incluindo profissionais renomados, como Amanda Abi Khalil (Líbano), Yuko Hasegawa (Japão), Gerda Steiner & Jorg Lenzlinger (Suíça), Hans Ulrich Obrist (Inglaterra) e Valeska Soares (Brasil); além de jovens talentos brasileiros, como Hal Wildson, Marcela Cantuária, Maxwell Alexandre, Manauara Clandestina, Vivian Caccuri e Xadalu Tupã Jekupé.
Em 2022, o instituto remodelou o programa e lançou a sua primeira chamada aberta, direcionada a candidatos brasileiros e de países da África Meridional (África do Sul, Botsuana, Comores, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Eswatini, Zâmbia e Zimbábue). A convocatória de estreia recebeu mais de 530 inscrições. Neste novo formato, o programa é dividido em ciclos, com duração de quatro semanas cada. Cada ciclo conta com uma dupla formada por um artista e um curador/pesquisador, que recebem todo o suporte necessário para o desenvolvimento de suas pesquisas, como espaço de habitação, ateliê coletivo na sede do Instituto Inclusartiz, acompanhamento curatorial personalizado, equipe de produção e comunicação dedicadas e uma bolsa residência para custear alimentação, transporte e compra de material.
Como parte do programa, o Inclusartiz ainda organiza uma série de atividades educacionais, como workshops, oficinas, publicações, falas públicas e sessões de crítica voltadas para estudantes de arte de instituições de ensino do Rio de Janeiro, ampliando o intercâmbio cultural entre os residentes e a comunidade artística local.