13 de setembro de 2022

Victor Gorgulho assume a posição de curador-chefe do Instituto Inclusartiz

Carioca chega com a missão de expandir a atuação da instituição no Brasil e no mundo

O jornalista e pesquisador Victor Gorgulho é o novo curador-chefe do Instituto Inclusartiz. Nascido em 1991, o carioca, que vem construindo uma sólida trajetória no universo da arte contemporânea, chega com a missão de expandir a atuação da instituição não somente com a realização de projetos dentro do centro cultural sediado na Gamboa, na Zona Portuária do Rio, mas também por meio de parcerias com outros espaços dedicados à arte no Brasil e no mundo. 

Victor Gorgulho assume a posição de curador-chefe do Instituto Inclusartiz / Foto: Ivan Nishitani

“São muitas as camadas que tornam realmente especial poder ocupar a posição de curador-chefe do Instituto Inclusartiz. O instituto desenvolve, há cerca de duas décadas, de maneira impressionantemente consistente, um dos maiores programas de residências artísticas/curatoriais do Brasil, o que o torna não apenas um dos pioneiros neste sentido assim como o posiciona como peça fundamental no fomento e na promoção da arte contemporânea brasileira nas esferas nacional e internacional. E o desejo de trabalhar ao lado da Frances Reynolds – uma pessoa extremamente atenta a cada detalhe de tudo o que engloba o trabalho do Inclusartiz – falou muito alto assim que começamos a colaborar profissionalmente. Além de generosa, a Frances é provavelmente uma das pessoas que mais gostam de arte que eu conheço; não há um artista (jovem, mais velho, de fora ou de dentro do circuito da arte) ao qual ela não direcione com toda delicadeza o seu interesse pela pesquisa e obra da pessoa”, afirma o curador.

Gorgulho faz sua estreia oficial como curador-chefe do Inclusartiz no dia 15 de setembro, com a exposição “Por detrás da retina”, coletiva que irá reunir trabalhos de 14 artistas brasileiros contemporâneos, cujas obras investigam, de diferentes formas e por meio de variados suportes, as relações entre o espaço físico e a virtualidade, ao passo em que buscam instaurar novos territórios que extrapolam a capacidade convencional da visão humana.

Entre seus trabalhos mais recentes estão as exposições “Escrito no Corpo” (Carpintaria, Rio de Janeiro, 2021), junto à curadora Keyna Eleison; “Perdona que no te crea” (Fortes D’Aloia & Gabriel, Rio de Janeiro, 2019); “Eu sempre sonhei com um incêndio no museu – Laura Lima & Luiz Roque no Teatro de Marionetes Carlos Werneck” (Rio de Janeiro, 2018); “O terceiro mundo pede a bênção e vai dormir” (Despina, Rio de Janeiro, 2017); “Vivemos na melhor cidade da América do Sul”, junto com Bernardo José de Souza (Átomos, Rio de Janeiro, 2016 e Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, 2017).

Curador do MIRA, programa de videoarte da ArtRio desde 2019, e curador convidado da Pivô Satélite 2021 #2, Victor integra também o corpo curatorial da Despina, centro de pesquisa e residência artística no Rio de Janeiro, sob a direção de Consuelo Bassanesi. No cineclube do espaço, já promoveu a exibição de filmes e conversas com artistas como Cristiano Lenhardt, DISTRUKTUR e Karim Aïnouz.

Victor Gorgulho assume a posição de curador-chefe do Instituto Inclusartiz / Foto: Ivan Nishitani

Graduado em Jornalismo pela Escola de Comunicação da UFRJ e mestrando em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-Rio, foi editor assistente de cultura do Jornal do Brasil (2014-2017), colaborou com veículos como o El País Brasil e foi coorganizador, junto à crítica e curadora Luisa Duarte, do livro “No tremor do mundo – Ensaios e entrevistas à luz da pandemia” (Editora Cobogó, 2020).

“Temos muito trabalho pela frente, sabemos, mas com a dedicação em conjunto da equipe – que conta com a direção geral do Cristiano Vasconcelos, que é um gestor fantástico, do Lucas Albuquerque, que é um dos jovens curadores mais interessantes de sua geração e é responsável por coordenar o programa de residências do instituto, dentre outros profissionais excelentes, é claro, realizaremos nossas metas e ambições, mantendo o foco em expandir o campo de atuação do instituto país e mundo afora, entendendo a arte brasileira para muito além do eixo Rio-SP, espalhando tentáculos que já vem sendo articulados nos últimos anos e, esperamos, que seguirão a dar frutos como podemos afirmar, atualmente”, aposta.