12 de abril de 2023

Marcela Cantuária participa de residência artística em Paris

Artista carioca produziu trabalho inédito para integrar a exposição coletiva Rêver La Terre, que foi aberta ao público no Espace Krajcberg em 20 de abril

Por meio de uma parceria inédita entre o Instituto Inclusartiz, a L’AiR Arts e a Associação de Amigos de Frans Krajcberg, a artista carioca Marcela Cantuária iniciou em abril uma residência artística de um mês no histórico estúdio 11 Cité Falguière, em Paris, onde Frans Krajcberg (1921-2017), artista polonês naturalizado brasileiro, também tinha um ateliê. Sua ida à França acontece no âmbito da exposição Rêver La Terre, coletiva que se compromete a reforçar o legado de Krajcberg, contribuindo para, como o próprio desejava, “um movimento artístico mundial e diversificado em torno do papel de salvaguardar os equilíbrios fundamentais do planeta”.

Marcela Cantuária no histórico estúdio 11 Cité Falguière, em Paris / Foto: divulgação

Em sua produção, Cantuária trabalha a interseção de lutas feministas e socioambientais, misturando imagens históricas do mundo político com representações da cultura visual contemporânea. Durante a residência, mergulhou nos arquivos do centro de arte contemporânea e natureza Espace Krajcberg – onde a exposição segue em cartaz até 1º de julho – para estudar elementos e buscar sua própria reflexão acerca das relações entre a Europa e a América Latina e sobre o contexto de destruição de florestas na emergência climática. A partir de suas pesquisas nos arquivos de Krajcberg, a artista produziu uma obra inédita para integrar a exposição.

Marcela Cantuária no histórico estúdio 11 Cité Falguière, em Paris / Foto: divulgação

Realizada pela Associação Rêver La Terre e pela Associação de Amigos de Frans Krajcberg, a exposição Rêver La Terre reúne trabalhos de artistas contemporâneos brasileiros e franco-guianenses em consonância com projetos de ONGs que atuam na linha de frente na defesa dos povos da floresta amazônica, na proteção dos seus territórios e na autonomia das suas comunidades.

Sob a curadoria de Aldones Nino, curador do Instituto Collegium (ESP) e colaborador do Instituto Inclusartiz, e do advogado ambiental Pietro De Biase, a exposição conta também com trabalhos de outros ex-residentes do Inclusartiz, como Manauara Clandestina, Moara Tupinambá e Xadalu Tupã Jekupé. Integram ainda a mostra obras de Clarisse da Silva, Denilson Baniwa, Coletivo MAHKU, Frans Krajcberg, Rafael Prado e Rodrigo Braga.